"Todos temos uma perspectiva sobre o mundo em que vivemos e tudo o quanto nos rodeia. Eu não sou exceção." - disse-me ele, um dia. E talvez não fosse, mas a forma como ele observava o mundo, de um jeito calado e, ao mesmo tempo, entusiasmado como uma criança, cativou-me desde o início. E eu sei que, assim como todos os olhares escondem um mundo ao qual poucos têm acesso, o dele não é diferente, mas era, contudo, um mundo que valia a pena partilhar. E para que existirá a escrita senão para uma partilha tão profunda e inquietante?