Perdoe-me, Pai, porque eu pequei. Eu queria dizer que a culpa não foi minha, mas eu sei que foi. Porque, se Cade aterrorizava até os incrédulos, quem era eu para não ter sequer percebido antes? Eu deveria saber. Eu deveria saber que tinha que matar um demônio antes de cogitar enfrentar o próprio diabo. Eu me apaixonei pelo mal, pelo pecado. Tive luxúria, eu sei. Fui domada pela lascívia e caí em tentação, Pai. Fiz coisas que jamais me imaginei fazendo e aventurei-me em circunstâncias indignas. E eu me afoguei, Pai, porque eu não sabia que Cade não tinha uma alma e nem um coração. Ele carrega um segredo sujo e um destino desonrado. Era como se fosse uma blasfêmia inclusive conversar sobre ele; porque, na realidade, ele era o próprio protótipo de heresia. E eu deveria pensar seis vezes antes de me meter nos assuntos dele.