Houve um tempo em que Miguel acreditava no amor, mas esse tempo se esgotou. A vida adulta lhe ensinou que nem mesmo os sonhos podem ser mantidos, então ele só conseguiu chegar a uma conclusão: se sonhos, que deveriam ser os maiores motivadores de nossas vidas, não podem ser mantidos, relacionamentos também não. Tudo para ele se resume a trabalho. Ao contrário de Gabriela. Para ela, nada vale mais do que você verdadeiramente correr atrás dos seus sonhos, ao ponto de conseguir, cedo ou tarde, realmente realizá-los. É isso que a motiva a viajar duas vezes por ano para os lugares que mais deseja, e é isso que a faz estar no mesmo táxi que Miguel, em uma fatídica manhã ensolarada na cidade de Nova York. Sendo ou não acaso, parece que essa é a menor das preocupações do universo, o qual insiste em uni-los em mais uma série de situações, dentro e fora de Nova York, envolvendo-os em momentos espontâneos que os fazem perceber que nem tudo é passageiro.