A Bósnia será livre. Essa era frase que Gabriel repetia para si mesmo como um mantra. Então, um meio sorriso se formava em seus Lábios. Pensar em liberdade o fazia lembrar de sua mãe cozinhando a sopa. A sopa era uma mistura de água, sal e poucas batatas que eram arduamente disputadas por seus oito irmãos. Às vezes, Gabriel se atrasava de propósito para o jantar, deixando que seus irmãos comessem as batatas da sopa. Isso ele chamava de sacrifício. Os imperialistas austro-húngaros devem pagar. Esses opressores são a razão de nossa miséria. Essa parte do mantra o arrancou de seus devaneios, trazendo de volta a realidade. A realidade era a missão, estava a meses se preparando para a visita do herdeiro. Então o arquiduque acha que é invulnerável? Veremos. Como ele tem que coragem de vir a Sarajevo depois de tudo? Gabriel apertou a mão direita na pistola Browning M10 de calibre 32 ao avistar o carro do arquiduque. La vem o miserável. Foi seu único pensamento antes de um frenesi tomar conta de sua mente. Quando deu por si, estava no chão sendo esmagado por várias dezenas de mãos, braços e corpos. Escutava a gritaria - O Arquiduque e a duquesa foram baleados! Agora lembrava-se dos tiros e do sangue. Ainda sentia o cheiro da pólvora. Tinha cumprido sua missão, finalmente todos os bósnios e o sérvios viveriam em paz.
1 part