"Pequenas peripécias faziam-me entender que era ele que dava o verdadeiro sentido à minha vida, apesar de continuar na lista dos mais jovens assassinos e de não ter a sua inocência ostensiva. Justin fazia com que eu sentisse que os pequenos instantes com ele não fossem, nem curtos, nem longos demais, mas sim intensos, verdadeiros e puros enquanto duravam. Ele sabia transferir a sua felicidade e transpôr tudo aquilo que aprendera com os seus erros, sabia ultrapassar as grandes injustiças da vida e progredir nela, expedindo assim uma índole jovial e realizada. Eu via-o como meu maior erro e deslize, mas também o via como o meu colo que me acolhia, como o braço que me envolvia, como a palavra que me confortava, como o silêncio que me respeitava, como a alegria que me contagiava, como a lágrima que escorria no canto dos meus olhos, como o olhar que me acariciava, como o desejo que me saciava-a e como o amor que me promovia. Apesar de todas as casualidades, eu convencia-me a cada dia que passava, que o desperdício de vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta onde não arriscamos aquilo que achamos certo e que, ao esquivar-mo-nos do sofrimento, também estamos a perder a felicidade."
All rights reserved for Fay
© 2015
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui se encontram reflectidas na realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.All Rights Reserved