Ouviram do Ipiranga as margens fétidas
de um povo cômico e brado irrelevante,
e o sol da nulidade, em raios fugidos,
brilha no céu da pátria a todo instante.
se o penhor dessa triste realidade
conseguimos conquistar com braço e morte,
em teu seio, ó impunidade,
fada o nosso peito a cruel morte!
ó pátria roubada,
esfaqueada,
nos salve! nos salve!
vil, um pesadelo intenso, um raio vívido,
de dor e de injustiça à terra desce,
se em teu formoso céu, risonho e límpido,
a imagem do negreiro apodrece.
gigante pela própria pobreza,
és belo, és forte, impávido odioso,
e o teu futuro espelha essa grandeza.
terra maltratada
entre outras mil
és tu, imbecil,
ó pátria quebrada!
dos filhos deste solo
és mãe ardil,
pátria matada,
sutil!