Eles se conheciam a uma vida inteira.
Sim, sério, desde sempre.
Durante seus primeiros dezesseis anos de vida, Linda não se lembrava de nenhum natal (ou qualquer outra data comemorativa) em que Marcelo não estivesse presente.
Ele estava lá nos aniversários, na páscoa, no dia das crianças e em qualquer outro feriado. Ele também batia na porta do apartamento todos os finais de semana, ritualisticamente à uma da tarde.
Até que ele foi embora.
Agora, exatos quinze anos depois de sua partida, o que Linda menos esperava era que em uma noite de véspera de natal, o passado fosse entregue direto em suas mãos, no formato de folhas amareladas, assinadas com a caligrafia torta de um garoto de dezesseis anos chamado Marcelo.
▪
Capa feita pela @GabsDutra
▪
🏆
Vencedor em em primeiro lugar na categoria "Conto" na primeira edição do concurso "Máquina de escritores" ;
Menção honrosa na categoria "Conto" da primeira edição do concurso "Escritor astro"