Ele recobra a consciência de repente em uma terra desconhecida, sem qualquer lembrança dos últimos acontecimentos, tampouco de quem ou o quê o levou até ali. Completamente desnorteado, começa uma marcha pela imensidão arenosa em busca de algo ou alguém que possa lhe oferecer algum alento, mas a onipresente desolação continua alimentando a angústia que ameaça devorar suas entranhas. Conforme avança na terra morta em busca de almas vivas, sente cheiros nada animadores no ar quente, e o primeiro sinal de civilização que encontra intensifica sua confusão mental. O medo que vinha crescendo toma proporções quase insuportáveis. Assim como a loucura, às vezes a ignorância pode ser uma bênção. Apesar do medo do desconhecido, sua mente cansada não pode conceber sequer uma ínfima noção dos horrores que o aguardam no porvir.All Rights Reserved