A história de um amor perdido no tempo, um amor que, sim, pode ser medido em palavras. Joana e Maurício são duas pessoas pertencentes a realidades sociais distintas, inseridas no meio de uma guerra que jamais é datada. A única semelhança entre eles é a idolatria pelo poema e, diante disso, os dois, ainda jovens, começam a trocar cartas. Cartas que mais parecem desafios, mas que com o tempo se tornam a narração perfeita para aqueles que nunca souberam conversar como a sociedade exige. Joana é a mulher que pode ser definida como a incógnita: ora feminista, ora conformada, talvez ela seja a clássica personificação da bipolaridade feminina. Maurício, por outro lado, é o idealista cego que desiste inúmeras vezes pelo caminho – só para perceber que é covarde demais para, simplesmente, desistir.