Eu sou a vilã

O vento frio de um último dia de inverno passa por mim, fazendo com que meus cabelos cor de fogo caiam sobre meus ombros e pare no fim de minha coluna. Estou com medo, medo de morrer assim, acusada de traição ao meu reino, como uma princesa veio parar aqui?
– Princesa Kaylyn de Arpargolya, você está sentenciada a morte por guilhotina, pelo crime de traição a coroa de Arpargolya e a coroa de Agothya– um rapaz com os olhos verdes fala ao longe – Vossa alteza se declara inocente?
Nunca tinha parado pra pensar, eu realmente mereço estar aqui. Então nada mais justo do que dizer a verdade.
– Eu sou culpada! – afirmei de uma só vez– Mais me arrependo do que fiz, Vossas Majestades eu lhes peço clemência! – meu pai me olha com desprezo, o príncipe que sempre amei me olha com nojo, minha mãe com pena. EU SOU A VILÃ.
Um homem todo de preto com um capuz na cabeça sobre a escada do patamar, cada passo dado e uma batida frenética do meu coração, eu não quero morrer, eu quero ser diferente. O homem para ao meu lado e segura uma corda que por si segura a lâmina da guilhotina.
– Princesa Kaylyn de Arpargolya é culpada, quais são suas últimas palavras?– O mesmo rapaz de olhos verdes me faz a pergunta.
– EU QUERO UMA NOVA CHANCE!– Exclamei em desespero.
De repente tudo a minha volta se desfaz, eu voltei no tempo no meu aniversário de 17 anos.