1 - O estranho caso das fotos do passado. Era a maior dúvida ciência. De onde vieram as fotos que tirei do passado? Uma série de fotos digitais que publiquei hoje no meu Instagram de acontecimentos do ontem causaram furdunço. Quando perceberam que eu tinha essa capacidade de congelar o passado nas frias jpegues, o mundo caiu em alvoroço. As pessoas se perguntam se eu também posso fotografar o futuro. Eu respondo: também. Com uma única ressalva: nunca o presente. Posso dizer que esse "dom" é menos dádiva e mais maldição, por assim dizer. Imaginem vocês que ao visitar o passado, escolho cenas que deverão permanecer na memória de quem as vir. O perigo mora aí! Quem será passado, hoje? Quem estará no futuro, hoje? Essa matriz não pode responder para Cronos o que há de ser ou vir. "Agora" é o principal ator da ficção. E se alguém ousar contar a história do "agora" que o faça de olhos fechados, no escuro de um cemitério ou de uma maternidade. Pois não há o que dizer mais sobre ontem ou amanhã. O espírito é um osso e eu não vou lhe dizer mais nada que não seja no idioma de dizer o que é.All Rights Reserved