"Onde você vai quando dorme Cecília?" Ele sempre me fazia essa pergunta em algum momento de toda a sessão que tinhamos. "Não sei" Respondo no automático. Pressiono meus lábios. Deitada no seu colo me assusto com o estrondo de sua mão pesada que desce contra minha nádega esquerda. Plaft!! O estralo dos dedos longos em frente ao meu rosto, faz o estrondo se transformar no barulho que sua mão elegante fazia para chamar minha atenção. Estava perdida em meus desvaneios novamente, a imagem erótica havia se desfeito como fumaça e deu lugar ao doutor de roupas modestas. Ele me perguntou novamente de forma séria e com genuíno interesse: "Aonde você vai quando dorme Cecília?" Olho fixamente em seus profundos olhos escuros, as vezes eu tinha a impressão que ele sabia exatamente o que se passava pela minha mente, mas logo esse questionamento interno era deixado de lado, era loucura, apenas uma expectativa angustiante, com meu terapeuta.All Rights Reserved
1 part