CONFRARIA DOS HOMENS CARENTES
Cinco amigos, um boteco e muitas...
...Muitas histórias!
Quando os diversos copos, transbordando chope, se chocam no ar no boteco do Tonho, bem mais que um brinde está acontecendo: Das-se nesse instante a mais pura e sincera celebração da amizade.
Talvez a única coisa a que tenham sido realmente fiéis ao longo dos anos seja mesmo o sentimento que os une. Não são amigos de bar, são amigos no bar... O lugar que elegeram para festejar ou se queixar da vida. Um refúgio, um esconderijo, praticamente um clubinho de homens crescidos! Portanto, celebram a eles mesmos! Um brinde aos sobreviventes! Sim... Esse gesto, embora tantas vezes repetido, parece não perder sua mágica para o Afonso, Paulão, Greg, Arnoldo, Nonô e Tigrão, mesmo depois de tanto tempo.
Como se ao invés de copos, bradassem varinhas mágicas, esses homens de meia-idade – ou será idade e meia?! - vêem no boteco do Tonho um refúgio digno da terra-do-nunca, onde tudo é permitido, menos envelhecer. Alias, nas mais de três décadas de encontros, sempre às quintas-feiras, nunca deixaram de ser jovens... Envelheceram talvez em casa e no trabalho... mas lá não! Ao afrouxarem suas gravatas, depositarem seus paletós no encosto da cadeira e levantarem uma das mãos aguardando o lento atendimento do Bigode, ao menos por alguns instantes voltam a ser garotos!
Longe de ser um livro sobre botecos, é uma viagem à natureza masculina e sua curiosa visão de mundo. Quem sabe, mergulhando nesse universo, como se estivesse diante de um espelho, você, leitor, acidentalmente encontre uma caricatura fiel si mesmo, do que já foi ou do que virá a ser...