Havia uma pequena rosa crescendo em um terreno onde havia poucos nutrientes e nenhum sol quase, a água era escassa e contaminada e a rosa estava cada dia mais murcha.
Mas que outra opção teria a rosa? Não tinha pernas para correr, não tinha lugares para ir, ela só conhecia a sombra e a sujeira.
Vivia infeliz...
O terreno, vez ou outra dizia que adorava tê-la ali, que ela era tudo o que ele tinha e que jamais deveria deixá-lo ou ele morreria de tristeza.
Enquanto isso, a Rosa morria de tristeza, pouco a pouco, dia após dia.
Que culpa teria o terreno? Ele não havia escolhido aquele lugar de sombra para estar, tampouco havia escolhido ser tão pobre em nutrientes, que culpa ele tinha de ser o lugar ruim?
E que culpa tinha a rosa de estar tão murcha?
............
Clerine cresceu em uma casa onde não havia nenhum amor, a garota era tratada com desprezo e violência e nunca conheceu nada além da dor.
Mas até mesmo a mais desprezada e murcha das rosas, com seus espinhos tão cultivados, tem sua força a ser explorada.