E então só restando eu mesmo sou livre. Livre aqui neste mundo e com essa alma para poder viver qualquer experiência que eu queira, não é incrível? Se não interferir na vida de ninguém ainda ganho o anonimato dessa liberdade tão desejada. É uma dádiva que nem todos podem ter. Mas o que posso chamar de liberdade se meus próprios instintos me prendem e insistem em reviver círculos viciosos sob os quais não tenho menor controle? São estes impulsos que me dominam e eles tem sim um propósito, a mais crua e solitária satisfação carnal. Esta é a minha obsessão. Eduardo tem 25 anos e mora numa grande cidade com um colega num apartamento alugado. Em meio a sua rotina solitária de programador independente vive aprisionado ao vício de viver encontros casuais com outros homens. Em cada nova experiência tenta superar a anterior na busca da saciedade que nem ele consegue definir ao mesmo tempo que não consegue lidar com o sentimento que cada desfecho lhe traz. Alternando relatos de experiências atuais e lembranças do passado mergulhamos na imprevisível rotina de Eduardo no sentido de sua obsessão.