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Em um mundo onde a escuridão e o medo reinam supremos, prepare-se para entrar em um reino de terror e sobrenatural. Foi nos países nórdicos, com suas sombrias florestas, que os poderes sobrenaturais conservaram bem vivos todos os seus terrores. O profundo misticismo dos povos célticos e teutônicos preparou terreno fértil para as sementes plantadas, séculos mais tarde, pela fecunda imaginação dos homens da Idade Média.
Gnomos, vampiros, feiticeiras, demônios e espíritos maus de toda espécie povoavam de terrores a imaginação do povo. A magia negra, a adoração de Satanás, as orgias dos Sabbats das Feiticeiras, as blasfêmias da Missa Negra, eram práticas comuns.
Mas esta história que está prestes a ler, se passa em um pequeno reino renascentista no século XVII, onde persistiam ainda muitas dessas antigas crenças em terrores e poderes sobrenaturais. E claro, a lenda do homem que vendeu a alma ao diabo. O homem cuja ambição e imaginação foi tão avassaladora que o guiou ao abismo com sua aura sinistra e oculta.
Homem que se ofereceu como oferenda às trevas, que o trouxe um conforto tão ilusório capaz de desvanecer-se sendo constituído apenas de seus esboços. Abismos negros que famintos anseiam por outras ilusões e desgraçados pela fome insaciável, destroem-se a si mesmos.
Os Anjos caem do céu, demônios andam sobre a terra. O terror é real. O desconhecido gera a insegurança, e que por sua vez produz o medo que cria o terror gerando o caos.
Dito isto, eu lhe convido a entrar. Sente-se, respire fundo enquanto lhe conto a história do homem que vendeu a alma ao diabo. E após ler esta história, lhe pergunto: acreditas em fantasmas?
Introdução baseada na Antologia de Contos de Terror e Sobrenaturais, obra do autor Brenno Silveira.
Era uma vez uma bruxa com o coração frio como o inverno que assassinou a família real de Alénorte e se tornou uma rainha tirana. Enquanto caçava seus opositores no interior do reino, enviava tropas ao sul para massacrarem indiscriminadamente todos os habitantes vivos de todos os reinos e províncias no continente, o que, cedo ou tarde, acarretou na declaração de guerra de Pendrágon, o reino rival.
Sob este cenário de conflito mundial num mundo de fantasia sombria, acompanharemos as jornadas de vários núcleos de personagens em diferentes pontos de Vólus, desde plebeus refugiados lutando arduamente para sobreviver aos horrores da guerra à princesas e nobres tirando proveito dessa situação em uma complexa rede de conspirações palacianas sinistras. Todos sendo releituras muito autorais de diversos contos de fadas, contos folclóricos e contos religiosos: dos mais famosos, como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Pinóquio, aos mais desconhecidos, como o Tsarevich Encantado.