Quando ele foi deixado sozinho uma tempestade turbulenta agitou o seu oceano interior que deslizou entre sonhos e lembranças e do mesmo modo que seu exterior, o afogou no mar lágrimas salgadas. Quando tudo se foi a sua segurança também se foi e ele realmente acreditou que era menos que um lixo descartável, desagradável, que gradativamente vai poluindo as pessoas a sua volta, as infectando, fazendo-as ficar piores consigo e melhores sem a sua presença. Nem ele aguentava estar na própria presença. Mas não se pode fugir de si mesmo, da sua sombra. Tudo só acaba quando as luzes se apagam. E eu testemunhei as luzes se apagarem. Testemunhei seus olhos se fechando gradativamente a medida que a morte lhe roubava de meus braços e só agora entendo o quanto ele custou a entender que se ele vomitava pétalas e flores não era porque alguém que não o correspondia, mas sim porquê ele não correspondia a si mesmo. Por fim ele entendeu que tudo isso não era uma história de amor, era uma história sobre o amor, pena que ele entendeu isso tarde demais, tarde a ponto de sua alma escorregar pelos meus braços e ir para um lugar melhor. E agora percebo o quão tolo eu fui por acreditar que tudo isso não passava de uma lenda... A lenda de Chija Namu...