Numa vila no interior da Índia em fronteira com o Nepal um vírus mortal se espalha, alcançando escala global em pouco tempo. Em Minnesota, do outro lado do mundo, Jess assistia à gravação em sua sala mal iluminada horrorizada e alarmada. Aquela filmagem de dezesseis segundos fez algo dentro de si ceder ao pânico e a paranoia do perigo iminente. Mesmo que sua esposa dissesse que aquilo era uma grande falácia da mídia sensacionalista, sua mente já oscilava entre a paranóia e a realidade...
Reclusa na escuridão de sua casa, para Jess, todos a ofereciam perigo. O carteiro, seus vizinhos, e até mesmo sua esposa.
"- 𝘏𝘢́ 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘯𝘥𝘰, 𝘏𝘪𝘭𝘭... 𝘝𝘰𝘤𝘦̂𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘦𝘦𝘮 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘶𝘤̧𝘢𝘮 𝘢̀ 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰..."
[...]
𝐋𝐄𝐈𝐀𝐌 𝐎𝐒 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒 !
Plágio é crime. Não hesitaremos em tomar providências necessárias para quem tentar se arriscar.
Todo mundo pode se tornar escritor, pois cada pessoa tem uma imaginação para criar histórias diferentes das outras. Procure a sua e a lápide, pois copiar de alguém é falta de caráter e não de inteligência ou de imaginação.
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003).
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003).
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.