REM - CÓDICE ZERO

"VOCÊ DORME PARA JOGAR. E JOGA PARA SOBREVIVER..."

Na Zona 3, a regra é simples: sobreviva.

Não importa como. Não importa o que custe. Rae Ashborne aprendeu isso cedo demais. Desde que seu pai foi tragado pelo "jogo" que ninguém ousa nomear, e sua mãe passou a existir mais como sombra do que presença, Rae se tornou tudo o que precisava para não desaparecer: rápida, silenciosa, letal com as mãos. Ela não se orgulha do que faz, mas também não se desculpa. Porque naquele pedaço esquecido do mundo, honestidade não enche estômagos. Nem impede que você seja escolhido.

REM. Três letras. Três fases do sono. Um nome para aquilo que esconde o que o governo não quer mostrar: um experimento travestido de entretenimento. Uma transmissão disfarçada de justiça. Um sistema onde os jogadores dormem em cápsulas enquanto suas consciências são lançadas num mundo onde a morte não é uma metáfora - é literal.

Quando Rae é selecionada, sua única opção é entrar. Mas o que ela encontra lá dentro vai além de qualquer programação. O REM não é apenas um jogo. É um labirinto psicológico, onde memórias são armas, dor é parte do código, e a própria identidade se desfaz entre fases distorcidas. Lá, a realidade muda. A verdade é moldada. E uma voz doce demais para ser humana começa a chamar por ela.

Enquanto alianças improváveis se formam e velhas feridas são reabertas, Rae precisa escolher entre sobreviver mais uma vez ou lutar por algo que ela jurou nunca mais acreditar: liberdade. Só que há algo observando cada movimento. Algo que aprendeu com os jogadores. Que evolui com cada morte. Que se alimenta de escolhas. E quando o sistema quebra, não há reinício.

Só falha.