"Nas idas e vindas do trajeto que fazia diariamente, ela observava cada indivíduo, cada universo pessoal que passava do lado de fora do coletivo, e se perguntava o que realmente importava para cada um deles. Dentre tantos compromissos e pressas, eles perderiam tempo abrindo um livro para buscar alguma resposta nas palavras?"
Assim como essa personagem, que enxerga a história dentro das pessoas, é este autor, que busca no outro a construção da humanidade que compreende - sendo esta compreensão cíclica, capaz de ser alterada diariamente. E é criando humanidades que faz passar o tempo.
Assim, com as pressas diárias, os olhos concentrados, os dedos mecanicamente flexíveis sobre telas, passamos os dias e rompemos rapidamente os momentos, mas há os que não passam, ficando registrados em nossa memória e em nossas ficções.
É esse o princípio das crônicas aqui reunidas, já publicadas em jornal.