Clara Carolina é uma garotinha de 12 anos que ver a sua vida mudar completamente após ser sequestrada por alguém que ela chama de " o monstro". Apesar de sofrer todos os tipos de violência em seu cativeiro, a pobre menina encontra uma forma de manter, se possível, a sua sanidade. O seu pequeno bote salva-vidas são as suas memórias. Lembranças da sua família, da sua vida antiga, do seu amor de infância. Ela escreve as suas recordações em um caderno, uma espécie de diário. Um diário sombrio, violento, triste e escuro.
"Eu não sei mais o que é ter uma vida, tudo que eu tinha foi arrancado de mim, a minha família, minha liberdade, meu primeiro amor. Agora, tudo o que me resta são lembranças, ele não pode tirar elas de mim, mas com certeza tiraria se pudesse. Por isso eu decidi mergulhar o mais fundo que eu conseguisse, me afundar em lembranças e recordar o meu passado, para não enlouquecer, para não me lembrar do presente. Essas recordações são confortantes para mim.
"Eu me atiro nas minhas lembranças para não tirar a minha própria vida." - Clara Carolina Barreto da Silva