Séculos de rivalidades, brigas, ódio, guerras e mortes que ultrapassavam as eras, dizimando vilas, aldeias, pequenas civilizações, monarquias e até as grandes cidades. Batalhas que eram travadas nas sombras, na escuridão da noite e só o som calmo da chuva que lavava as calçadas manchadas pelo vermelho carmesim do sangue derramado. Caçadores e vampiros, uma sociedade vivendo escondida por outra. Sussurros e segredos escondidos pelo ruido calmo das gotas de água que casavam em harmonia no chão durante as noites tempestuosas do meio do verão ou o sopro gélido dos ventos do inverno.
Uma mulher a séculos ao mundo com um poder incompreensível, uma proteção inquebrável e a incessante sede de sangue. Um rapaz com os olhos no futuro, prevendo e rezando por uma sociedade em que o banho de sangue pare, que a paz finalmente tomasse conta do local.
Opiniões contrárias, líderes de clãs possuindo ideias de governo já ultrapassadas, sobrenomes, rancor, famílias separadas, traição da própria raça. Toda uma trama e uma preocupação inútil da humanidade sobre qual roupa usariam no trabalho na manhã seguente.
Mas será que isso é realmente possível? Acreditar na paz é uma coisa, mas realmente acordar numa manhã onde guerras, fome e dor não são um problema? Talvez.