Morte. Em tese, o final da vida.
Deixo aos vivos, em testamento, os brotos do suor de meu trabalho.
Na iminência agora, do outro lado, de voltar a viver, o que deixarei aos mortos?
Um breve conto acerca do paradoxo da compreensão temporal, sob a ótica da personagem morta que percebe estar prestes a viver novamente e precisa, portanto, elaborar um novo testamento para deixar, desta vez, aos mortos e não aos vivos.
De forma fluida, por um conto, costura-se questões existenciais sobre a vida, a morte, a religiosidade e seus misticismos, por paradoxos e reflexões em devaneios frente ao desconhecido.