Em algum lugar

A porta estava sempre aberta. Para os curiosos que tivessem a coragem de abri-la, mesmo que nunca houvesse aparecido ninguém naquele lugar no meio do nada, um pomar estendia-se pela vegetação rasteira. Árvores conhecidas e desconhecidas davam seus frutos, mesmo que, aparentemente, não houvesse ninguém para comê-los. No meio das frondosas árvores, uma pequenina se sobressaia. Mais uma vez, um atento observador iria descobrir mais do que os olhos normais veem. Um pequeno símbolo, parecido com um redemoinho cortado, aparecia perto a copa, e abaixo dele, uma pequena escrita, em uma língua desconhecida.

Todas as coisas conhecidas hoje já foram desconhecidas algum dia. Todas as pessoas conhecidas já passaram pelo anonimato. Mas, existe um ser pra quem tudo é desconhecido e pra quem todo o dia é uma nova descoberta.

E nada melhor do que um destes pequenos seres atentos para descobrir aquilo que a muito foi esquecido, no mundo onde o desconhecido se tornou conhecido, entrou em esquecimento, voltando ao anonimato.

*Em processo de escrita e revisão*