Há quarenta e dois anos, um semideus rebelde foi o responsável por provocar o Primeiro Grande Apartheid Olimpiano. Os deuses, tomados por sentimentos de ódio e inveja, voltaram-se uns contra os outros, guerreando por uma década inteira e derramando miséria sobre a terra, vergonha sobre o Olimpo e sangue sobre os homens. Centenas de semideuses foram dizimados pelo confronto e as rachaduras nas relações olimpianas ainda são visíveis, mesmo três décadas depois. Ao fim da rebelião celestial, os deuses cessaram o conflito por meio de um acordo, denominado "Tratado da Vergonha", idealizado pelo próprio Rei dos Deuses, que recusara até mesmo a ajuda de sua conselheira, Atena. Todos os anos no Solstício de Verão, para que se lembrassem da desgraça que a guerra lhes trouxe, os doze se reuniam no Olimpo para sortear doze de seus filhos, de onze a dezoito anos, em frente a uma plateia imensa de deuses menores e diante dos olhos de centenas de semideuses que acompanhavam o evento nos Acampamentos. Os tributos selecionados subiam ao Olimpo por duas semanas, recebiam treinamento e conselhos de seus parentes divinos e por fim, eram trancafiados em uma arena, onde seriam obrigados a matar uns aos outros, até que restasse apenas um. O Campeão dos Jogos Olimpianos.
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