"Eu estava precisando de muitas coisas a mais para poder me concentrar em algo. Meu pequeno mundinho girava, e eu confesso que gostava. Eu queria muito me jogar na rua e ficar ali, deitado sem destino. Mas eu sabia que em algum momento tudo ia acabar, e eu continuaria sozinho, naquela rua escura e gelada. Problemas estavam longe, e meu sorriso era muito mais que óbvio, e então, depois de um imenso clarão na minha frente, eu tentei ficar consciente para saber porque o carro parou. Foi aí que percebi que meu nariz sangrava muito, e minha mente começou a falhar junto com minha visão. Era Peter dentro do carro, e me lembro muito bem que ele correu para me pegar enquanto meu corpo se desfazia no meio fio. Sem sucesso, eu bati a cabeça fazendo-me ver estrelas em forma de neurônios. Mesmo naquele estado eu senti os braços dele me pegarem no colo, e o desespero estava claro em sua voz. Tentei olha para ele, ainda meio zonzo. Eu não estava sozinho. Eu nunca acreditei em contos de fadas, mas eu me permitir imaginar que Peter era meu princípe agora. A ultima coisa que lembro, é de eu murmurar um 'eu te amo' e ele responder 'que merda você fez, Quil!' enquanto eu tinha uma overdose de cocaína e outras coisas. Ele não tinha ouvido o que falei, porque eu tenho certeza que ele responderia. Então, eu coloquei minha total confiança nele, enquanto ele me colocava no banco de trás para me socorrer. Escuridão. Paz. Peter."
Em um dia comum no estacionamento da faculdade, um acidente inusitado une os caminhos de duas pessoas que, até então, eram completos estranhos.
O impacto do encontro vai muito além dos carros amassados: suas vidas começam a se entrelaçar de maneiras que nenhum dos dois poderiam prever.