Atlantis D'Jour estava longe de ser o melhor ser humano da face da terra. Todavia, sempre fora uma mulher persistente, eficaz, acreditava no seu potencial, e com isso alcançou tudo aquilo que sempre desejou; O ápice. De repente, todos os holofotes estavam virados para ela, flashes para todos os lados, sua presença era requisitada, seja nas passarelas ou em Hollywood, isso porque se quer tinha cogitado ser realmente uma atriz. Ela era excelente, competente. Acabou por ser três em um; Atriz, modelo e cantora. Era perigosa. Não que fosse agressiva, venenosa ou neurótica, mas manipulava utilizando a beleza e o apelo sexual para obter ou fazer o que quisesse, dentro e fora das telas. Casou-se três vezes, além de casos amorosos com dezenas de astros. E num desses casos, por puro acidente, Éris. Não foi fruto de muito amor, tampouco fora desejada, Atlantis nunca cogitou um aborto. E logo começou os seus surtos, porque de repente parecia que o mundo estava contra ela, os flashes não estavam mais tão brilhantes e as câmeras não a pegavam com tanta vida. Os convites tinham diminuído, não era mais tão requisitada para os eventos, e as pessoas não enchiam a boca para falar o seu nome. Obviamente isso era apenas paranóia de sua cabeça. E quando a criança nasceu, Atlantis levou um tempo para registrá-la, pois não conseguia chamá-la por nenhum outro nome além de 'o decair de uma estrela'. Fora nomeada como Éris, como a deusa da discórdia, Atlantis tinha certeza que a criança veio para Destruir sua vida. E como o imaginado, durante os primeiros quinze anos de sua vida, Éris cresceu sendo reprimida, sem um pingo de amor, tendo a certeza que era a única culpada por todas as coisas ruins que aconteciam em sua vida, e na de sua mãe, que morreu no mesmo ano de seu décimo quinto aniversário, de overdose de barbitúricos no final da noite de sábado, 4 de setembro, corpo que fora encontrado por sua própria filha no banheiro do quarto na casa em que vivi
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