Eu poderia vir lhes contar um lindo e trágico romance renascentista, onde um garoto se apaixona pela garota proibida, onde o pecado é ser amor em terras inimigas, onde o encerramento entrega a falta de amor próprio e a entrega egoísta que levou os indivíduos pra baixo da terra, lápides em um gramado e seus nomes gravados um no outro pela eternidade. Mas a única que tenho conhecimento se passa aqui e agora, em um mundo em que não existem terras inimigas, mas existe medo de sentir, medo de entrega, medo daquilo que vive em nós, só esperando a hora de nos consumir, e então levar à fuga, ou ao amor eterno.
Harry Styles se lembra da noite em que se perdeu no mar azul límpido dentro dos olhos de Louis Tomlinson. Com medo de se afogar, na madrugada tempestuosa de 28 de setembro de 2014 ele decide fugir levando apenas a roupa do corpo e seu caderno.
Louis, por outro lado, se lembra claramente de despertar na mesma madrugada com o barulho do vento forte trombando em sua janela e bater o olhar em uma folha de papel meio caótica deixada em sua mesa de cabeceira, parte dele já sabia do que se tratava, por isso abriu o pedaço de papel já com os olhos marejados, se deparando com a caligrafia borrada devido a mistura de lágrimas e água de chuva que deixava o momento deveras melancólico. Naquele momento ele soube que sua vida não seria mais a mesma.
"(...) Deixo o universo escolher, pois como sempre lhe digo, ele é sábio demais quando se trata de nos mostrar o caminho certo. Mas se depender de mim, Louis Tomlinson, não é o final da história.
Com amor, H."