Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas ou de minhas próprias escolhas, sou meu rosto contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em meu rosto. Sou dono de uma verdade que não se traduz em palavras. Sou inteligente, sei disso, mas minha inteligência não é capaz de iluminar nem de distribuir justiça. Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.