Naquela manhã acordei com uma sensação muito comum. Que sempre senti. O tal enjoo de sempre e a vontade de morrer, acordei por volta das 6:04, fiquei dez minutos criando forças pra levantar. Acordei definitivamente de 6:14, bem atrasada já que a aula começa de sete horas. Levantei rápido, tomei banho, escovei os dentes. Coloquei o uniforme, peguei a mochila e uma maça pra ir comendo no caminho pro infeno. Cheguei no colégio de 7:40, tentei entrar na sala de aula escondida, mas, a senhorita Janne me pegou bem na hora e fiquei pro segundo tempo. Sentei do lado de um garoto meio estranho, mais bem bonitinho, cabelo castanho, liso e jogado pro lado, ele estava com um casaco cinza e uma calça preta, seus olhos eram verdes. Ele estava com fone de ouvido, eu olhei pra ele rápido e virei o rosto. Coloquei o fone de ouvido, coloquei a música de Zeca Baleiro no máximo e fui ler um dos meus livros prediletos: Cidades de papel, ele olhou pra capa do livro, tirou o fone, puxou o meu fone e disse