'Serôdia' era banhada por uma imensidão oceânica, e apesar de ser bem propicia a grandes tragédias como terremotos, tsunamis, desastres naturais; isso não era o que assombrava a ilha.
O oceano era inevitável, a tragédia era imprescindível. E ainda assim era uma bela ilha com estações muito bem definidas. E mais definidas que elas eram as maldades que carregavam sua terra. A terra que jorrava sangue e clamava por vida; por lembrança.
A vida na ilha era dividida em três pilares, três moderações, três poderes.
O medo habitava nos olhos da maioria. A minoria se regozijava de sua ganância e orgulho. Metade vivia de uma cegueira amedrontada pela clara verdade que era oculta nas trevas para que o pão não faltasse.
Serôdia, bela Serôdia. Lugar onde tudo acontece e nada se vê. Tudo se pede e muito mais se ganha. Serôdia, meu amor por sua terra transcende o vasto oceano. Só posso te amar. Te odiar seria livrar-me de mim mesmo.
Num lugar onde se tudo é perfeito, há segredos soterrados por muita sujeira. Onde tudo é harmonia, se desfalece os ossos pela agonizante descoberta do imperfeito.
Quando o mundo parece injusto é preciso de voz para lutar contra a opressão. Mas como lutar quando não se tem para onde correr? Como sair de debaixo da terra quando todos pensam que a verdade está morta?
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