Simon sempre foi um menino bom e gentil, mesmo assim recebeu a maldade das pessoas ao seu redor. Ninguém nunca se importou com ele, muito menos com os problemas que passava.
Gay e fragilizado pelas pancadas da vida, ele embarca mais uma vez em uma escola nova, em busca de coisas novas, ou simplesmente fugindo da sua realidade, no fim se dá conta que nunca vai mudar, onde quer que vá, sempre terá dores marcantes na sua vida. Guarda segredos, estes que são responsável por todo sofrimento passado por ele.
Nessa nova etapa da vida, tem que lidar com o desprezo da sua mãe, o bullying dos colegas de classe, lidar com ele mesmo e com os seus demônios e principalmente com o amor que nasceu e se fortaleceu por um dos meninos da sua sala, uma pena ele ser Hetero. Mas no fim uma amizade surge, dentro disso muitos outros eventos e acontecimentos levaram à um crime.
Sete pessoas serão suspeitas por esse crime planejado, e no decorrer, segredos e revelações deixaram mais forte a ideia de que todos tinham motivação para cometer tal ato. Até mesmo os mais próximos, nesse jogo todos são culpados.
Quem é o culpado?
Os motivos são válidos?
Motivos justificam um crime?
Amor é uma fraqueza?
Simon terá que sentir tudo isso na sua própria pele. Mas tudo que é feito em secreto, um dia será revelado, todo ato escondido, será desvendado.
Amigos são inimigos!
Inimigos são inimigos!
Todos são culpados!
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.