Não há uma memória de Hayun que Donghae não estivesse presente. Ele sempre a auxiliou em suas descobertas e ela jamais deixou de retribuir, apoiando seus planos travessos. E quando a vida transitava de completa paz para absoluto caos, eles sempre tinham um ao outro para dividir o fardo. Como acontece com todos, seus corpos passaram por mudanças, alguns gostos ficaram para trás, sonhos foram substituídos e certos planos não chamavam mais atenção. O resultado dessa metamorfose é que ele se permitiu ir além do bairro em que cresceu, mas ela não pôde fazer o mesmo. Um longo tempo se passou desde que Donghae saiu do lugar em que arriscou seus primeiros passos. Agora ele está de volta, e as mudanças que ocorreram enquanto esteve fora não são agradáveis. A efemeridade de um amor de infância não costuma ser dolorosa como acontece em outras fases da vida humana. Não fere. Não provoca danos. Mas quando ele subsiste, qual é o resultado? © 2023 por Tori Cavalcanti. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Capa: @toriasavessas