Em uma nação desprovida de magia chamada Ágorantuon - uma manipulação do dizer "Agora ou nunca, Tudo ou Nada" -, a jovem lavradora Ama Krishnaraj cultiva não só o grão-fruto de Esperancza, aquele que alimentara a humanidade em tempos de escassez, como também seus ideais para um futuro distinto da prisão estrutural de toda sua linhagem que enclausurara a vida de pessoas por um milênio. A humanidade sofrera uma punição, perdera a magia graças à blasfêmia, soberba e ganância e formara civilização dentre seus semelhantes em prol da sobrevivência. No berço de tal civilização nascera também a tradição do Equinócio, o evento onde todos são considerados iguais independente de classe e clã étnico e Ágorantuon se reúne para que sejam eleitas as novas Reainas - título uno para Rei e Rainha -, onde em provas competitivas o reino-estado determina quem é o merecedor que estará na liderança da civilização como maiores guerreiros e representarão a civilização em duelos de honra para com as criaturas mágicas fora de seu território para defender ao reino e a dignidade humana. Assim que as Reainas contemporâneas são mortas em duelo, Ama Krishnaraj decide que aquele é o momento de sua linhagem deixar a lavoura, pois restava apenas a si mesma. Sua crença de que humanos devem ser inatos à magia e sua vontade de mudar tanto sua vida quanto a sociedade a leva a partir para a Pólis, capital de Ágorantuon, acompanhada de um mercenário de máscara e grão-frutos de Esperancza em seu cesto. Ela, antes marginal na sociedade e isolada graças às suas crenças e ofício, enfrenta frente a frente as provações que podem tirá-la da base da sociedade sem magia diretamente para o topo, cujo caminho deve fazê-la enxergar a verdade de sua humanidade, valores e compromisso de amor.