A noite de céu limpo e a lua cheia iluminava sua fuga. Ela temia o amanhecer, pois com ele viria a descoberta de sua ausência, e então teria início a caçada. As correntes, ainda presas às suas pernas, chacoalhavam a cada passo contra seus tornozelos, um único elo quebrado em cada um deles era tudo o que restava das correntes. O metal machucava sua pele delicada, e um filete de sangue começou a escorrer. Mesmo tropeçando e com seus pés machucados ela continuava correndo. Seus braços se moviam desesperadamente no ritmo de seus passos rápidos e pesados. Os fios longos e negros grudados a sua cabeça se moviam como uma folha que acabou de se desprender de uma árvore por causa do vento..