"Alec tinha um jeito diferente de fazer suas coisas... A forma como dizia, como se mostrava ao mundo, como por mais pessoas que nós rodeassem, ainda seriam nós dois.. Seus olhos me lembram o infinito céu que habitavam fora de suas pupilas. Sinto seu cheiro, algo forte como café, e doce como a densa brisa do mar. Faria tudo para lhe tocar, para lhe dizer eu te amo, para voar naquele infinito céu, e o cercar tremendo e
estremecendo ao acabar o que eu mal havia começado..."
Por mais que mil amores se escondessem por de trás de cada ano de sua vida , Maria Tereza ainda dizia, ainda amava como se fosse o primeiro. Seu sorriso abria o espaço, o transformava em luz e cada mágoa em tremenda escuridão.
Sua idade não cabia mais ser falada ou pensada, suas rugas evidenciavam a passagem do tempo. Mas eu ainda via a bela descrição de uma menina atormentada mudando de país, com uma leve mala despachada do aeroporto, em um lugar vasto, uma menina que ainda se via em um palco pequeno recitando velhos poemas. Ganhando prêmios falsos, amando alguém já morto...