Paz por muito tempo foi uma palavra adorada, hoje com um significado muito distante, utópico. A maioria dos viajantes sabia; sequer havia motivo para lutar por uma verdadeira causa perdida.
Para Ayarin por outro lado, o mundo estava, de fato, completamente diferente do qual nascera. Seu olhar duro sobre o novo conceito de "vida" tornou-a apta a sobreviver no meio do caos quando as últimas bombas explodiram ao redor de sua cidade. Agora, todos estavam definhando, um por um, durante a guerra que não envolvia somente homens e suas intenções genocidas.
O impacto da inserção de armas biológicas fora rapidamente percebido, tão grande que dizimou boa parte da população humana e infectou inúmeros ecossistemas ao redor do globo. A praga, que se alastrava sem qualquer controle, tornou o pontapé inicial de tudo um motivo lembrado como algo fútil. A ambição das grandes nações sequer existia diante do novo mundo. A riqueza e influência que antes livrava tantos homens ditos importantes já não trazia anistia aos últimos herdeiros de uma antiga sociedade agora esquecida.
Não era literalmente o fim, ao menos não para todos, mas era um amanhã com apenas um propósito à vista: Sobreviver.
"Tá pra nascer um maloqueiro disposto a soltar o dedo só por causa dela
Aí eu penso o tempo inteiro e até bate o desespero, o que sou eu sem ela
Eu danço com a nossa fumaça, me abraça no conversível, segura minha mão
Até o radar tirou uma foto e se nóis tivesse de moto, não pegava não
E hoje nóis bota pra foder, ver o sol nascer, faço o que 'cê quiser
Nóis inventa outro rolê, um jeito de viver só com amor e fé
E hoje nóis bota pra foder, ver o sol nascer, faço o que 'cê quiser
Nóis inventa outro rolê, um jeito de viver só com amor e fé"
canção de Hungria hip Hop❤️