Gael Webber já não sentia mais nada, tampouco tinha alguma coisa que o motivasse. Chegava aos seus 38 anos de idade com um profundo vazio crescente em seu peito e por mais que tivesse um bom cargo, bons amigos e uma família que o amasse, ainda assim seus dias eram os mesmos e tudo parecia sem propósito. Mas Gael era um daqueles caras que gostam de mudanças radicais.
Em busca de novos dias, auto conhecimento ou o que for, ele mudou de vida. Tirou férias em seu emprego, abandonou seu apartamento, seus amigos, sua vida movimentada e todo o resto para passar a temporada de inverno em uma antiga charneca queimada, onde se erguia, com madeiras pesadas e tábuas firmes, um enorme chalé há anos vazio. Tudo parecia correr bem, eram bons dias e Gael se sentia pleno em sua própria companhia, até que percebeu que não estava sozinho.
Uma estranha silhueta borrada parecia vagar pela casa sem sequer o notar ali, estranhos e altos barulhos eram ouvidos pela madrugada, as portas se abriam sozinhas, as coisas mudavam de lugar e um estranho choro melancólico parecia vir do inabitado quarto dos fundos.
Quando Gael achava que tudo estava perdido e que afundava de vez em sua própria loucura, tudo muda quando ele encontra um velho diário do antigo morador, contando sua história redundante e labiríntica com sua estranha noiva fantasma.
(Um breve conto baseado em pensamentos noturnos.)
O que você faria se acordasse de madrugada, imóvel, com um belo homem te encarando?
Ágatha decidiu acreditar fielmente que isso era apenas um sonho e, eventualmente, ignorou - ou tentou ignorar - suas aparições.
Mas isso se tornou impossível quando ele a tocou, provando que sua teoria de se tratar apenas de uma paralisia de sono ou um pesadelo comum era apenas uma enganação a si mesma. Diferente dela, ele conseguia se mover quando a via, conseguia tocar ela e sabe se lá o que mais ele conseguia fazer quando ela dormia ou, até mesmo, quando ela estava acordada.
[DARK ROMANCE +18]