Diante de um homem chamado Candido Portinari, as palavras fluíam do âmago de um artista confuso sobre suas tintas. O verde de seu cabelo disfarçava o descolorido de sua alma artística, que acreditava em palavras falhas de má fé. Torquato era facilmente entretido pelo que demonstrava, nada além via do que boas pinturas. Mas dali, nascera um corpo febril, amordaçado pela sua própria figura viril. No canto dos escombros, sempre residiria dúvidas e questões sempre respondidas pelas marchas ré, mas nada nunca iria superar aquele contato da alma morta com o corpo vitalício, mas do que adiantava avisar que plástico apenas conservava, e eram bioquimicamente inertes? Já que acreditavam sempre no mito do Bisfenol A, não haveria mais salvação. Salve, salve Ó grande Mércia de lavanda! Já que seus súditos não mais marcharão, pelo menos que descanse na soberania imposta por plásticos.
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".