Doce&apimentado

Quando muitas vezes achamos que tudo em nossa vida tem um fim, descobrimos que nada acaba. O pecado não estava no sumo da maçã, mas no que Adão e Eva fizeram. Só procurei viver minha vida sempre como os outros achavam certo. Nunca me arrisquei, nunca vivi perigosamente.

Foi então que descobri que o perigo nem sempre aparenta ser perigoso. Que coisas fúteis se tornam únicas se feitas com as pessoas certas.

Hoje percebo que só lutando e enfrentando de frente meus medos conseguirei definir quem sou e o que tenho a oferecer a esse mundo.

Sophia Oliver Souza.

Quando decidi entrar na Faculdade foi para ser mais social. Acabei me isolando do mundo e vivendo uma fantasia que só os livros são capazes de dar. Minha mãe, apesar de achar bom meu crescimento mental, não aprovava o que eu fazia com o meu dinheiro e o meu jeito estranho de me comportar com as pessoas.

Minha única irmã, Kassandra Oliver Sousa, tem 20 anos e mora em outra cidade. E quando foi embora, deixou um grande vazio. Eu a amava muito e sentia sua falta, mas não sabia como demonstrar.

Meu pai, Mario Oliver Souza, era uma pessoa que estava sempre e em todos os momentos comigo. Tinha 56 anos e tinha um sítio que era nosso xodó.

Minha mãe se chamava Clara Oliver Souza, tinha 50 anos e eu nem tinha muitas palavras para defini-la. Era capaz de me queixar. A amava tanto que doía só de pensar que um dia irei perdê-la. Ciclo da vida.