[FINAL ALTERNATIVO DE LANTERNA DOS AFOGADOS]
Amélia sempre flertou com extremos; sempre 8 ou 80, preto e branco, pairando entre condenação ou rendição. Assim era sua escolha de enxergar a vida, pois nunca lhe foi oferecida a oportunidade de compreensão. E assim também agia seu companheiro de longa data e fechar-se para o mundo fora o mecanismo de defesa dos dois por muito tempo.
Rafael sempre foi combativo e feroz como um animal selvagem. Pouco se importava em balançar na corda bamba das contradições de seu ser e seu apreço era pouquíssimo consigo mesmo. Se emoções e a noção de felicidade faziam parte de seu ser, era pela mera existência das duas mulheres de sua vida: sua falecida irmã e Amélia.
A primeira foi guia de sua estrada desde criança; a segunda lhe ensinou que somente ele poderia viver sua vida. Assim, ele prometeu nunca mais retornar a vida violenta que o aprisionou e tentar seguir em frente após perder tudo aquilo que conhecia. Quem ele era, seu nome, sua melhor amiga e amor.
Mas essa encruzilhada agora volta a encontrá-lo quando Amélia ressurge em seu caminho e seu filho está por vir.
Mesmo com rotas diferentes, ambos trilharam caminhos tortuosos e de alguma forma, se reencontraram. Agora, precisam encontrar a si mesmos, resgatar quem eram e ao mesmo tempo se reconstruir após tantas mudanças. Como pássaros migratórios, precisavam reaprender a voar após um longo período de baixos; tinham de aprender a buscar rendição, mesmo que não acreditassem merecedores disso.
Do Hana é uma modelo famosa que está voltando do exterior para Coreia. Ela acaba sentindo fome e indo a um restaurante de macarrão, até que esbarra com So Mun, um rapaz humilde que é funcionário desse restaurante. Hana acaba se interessando pelo rapaz e fará de tudo ao impossível pra que ele se torne seu.