Asfalto e axé.. o cimento pulsa em linhas elétricas de entidades. Trilhos são veias abertas onde o ferro celebra os mortos contemporâneos. A cidade, corpo-máquina sem templo, faz do cruzamento seu altar - ruído, glitch, fumaça. Exus conectados e Pombagiras errantes dançam entre ruínas. Saber é incorporação: deixar que ruas e sinais atravessem o corpo em transe elétrico. Tudo vibra num mesmo plano - santo e satélite, rito e ruído. A cidade é terreiro fractal onde o delírio traça o mapa. A oferenda é pixel e poesia: consciência que não busca forma, apenas vibra no inacabado, no axé do pensamento..
- Redigido por Marilú Arcoverde e Élodie de Montparnasse, explorado por todos os outros heterônimos-entidades-devires - Aurelia Silens, Anca Drăgănescu, Rodrigo Álvares, Vittoria Farnese, Bernat de Laurenç e Joílson Luz | Ayo Nwankwo Sankara | Maurício Matias Timóteo Júnior.