A PÁTRIA AO LADO

Helena estava longe de ser a pessoa mais visível da Universidade, uma vez que não estava interessada em muito além de estudar precisamente, se preservava tanto quanto sua personalidade era limitada aos felizardos que tivessem coragem para se aproximar, era inteligente e amorosa, de poucos e especiais amigos.
Ela não era uma menina nervosa, muito menos grosseira ou completamente quieta, apenas rara ao ponto de poucos a compreenderem e muitos simplesmente se sentirem amedrontados, possivelmente por saberem que nada tinham a receber de alguém que entendia o próprio valor ao ponto de não o deixar a mostra, e principalmente por saberem que não conseguiriam lidar com uma mulher assim.

Jonas por outro lado tinha grandes responsabilidades. Aos 18 anos, decidiu que seria militar, não por grande paixão pela coisa, mas pela falta de dinheiro na família, e assim permaneceu nos próximos seis anos, servindo sua cidade em constante treinamento caso qualquer coisa viesse a acontecer.
Depois da morte do pai passou a ser o provedor da família, com uma mãe com problemas psicológicos graves e uma irmã mais nova, entendia que precisava fazer o possível para manter as coisas no lugar.
Era fechado, observador e pouco organizado, sempre preferiu a menor quantidade de coisas em seu quarto, sempre teve poucas roupas e cabelo demais, apesar de ter raspado quando se juntou aos treinamentos da Junta Militar.

A Junta Militar era ao lado da Universidade Católica Mártir.
E eles jamais pensariam que isso significaria alguma coisa.