Uma ordem, talvez um pedido ou até mesmo uma ameaça, uma escolha de seguir fielmente as ideias e pensamentos de seu progenitor.
As verdadeiras intenções deste foram ditas em alto e bom som por si mesmo: suas filhas e todo o restante serviriam apenas como um alimento. No entanto, as regras impostas para as mesmas e para os filhos do rei dos vampiros foram claras; nada de mortes.
Uma atitude errônea tornou-se uma atração para o bel-prazer de seu telespectador; Karlheinz. Um sorriso ladino, inconscientemente, surgia em seus pálidos lábios com o simples imaginar de face que seus filhos fariam ao descobrirem as sombras tortuosas que cada uma das presas ━ predadores que submeteram-se por vontade própria àquela situação ━ escondiam através de uma singular personalidade.
"As presas do vampiro entraram em contato com sua clavícula exposta, causando-lhe dor. A sensação ainda era formigante, mesmo com o tempo servindo a ele como um alimento, quase nada mudou desde a primeira mordida.
Não, estava errada.
Gradativamente, havia se tornado uma parcial masoquista para com ele, e apenas para com ele. Além da dor, a sensação de prazer que obtinha através de seus caninos era indescritível, assim como a incerteza de pensar que serviria a ele apenas como um alimento até seu último suspiro de vida.
Mas, afinal de contas, desde o momento que se permitiu enroscar nas teias das aranhas por vontade própria, ela sempre soube; Aquilo não era um conto de fadas, era um conto de horrores...
Onde a possibilidade de se obter um final feliz eram quase nulas."