Efêmero(a)

'Milhares de anos diferentes mas tão iguais. Era no mínimo irônico, Cupido, o Deus que não aproveitava um dia sequer, ter uma eternidade pela frente.
Tudo era assim, as mesmas páginas preto e branco. Até ela chegar, e fazer seus dias valerem a pena, como uma aquarela caindo em uma folha branca, colorindo com caos a vida do Deus do amor.
Até certo ponto, ele pôde ter tudo que quis, mas passou a cobiçar alguém que não poderia ter. Ele se deixou cativar pela sua peculiaridade e se atirou rumo ao desconhecido, na esperança de então, conquistar liberdade.

Uma vez uma humana falou: "─A verdadeira felicidade é efêmera, não se sabe quando a temos, a menos que ela esteja no passado." E ele pôde comprovar isso no momento em que a conheceu. A efêmera mulher que mudaria sua eternidade para sempre.'