16+ | Louis Partridge Fanfiction 🅴
Um filósofo conhecido diz que: "Não há ninguém que não se torne um poeta quando tem o amor em si." Verídico, eu diria. E eu só pude perceber isso, quando já estava caindo.
Em comparação a muitas outras, essa é uma péssima forma de apresentá-los a uma história. Eu sei. Mas é verdade. Estava caindo enquanto temia que não houvesse ninguém para me salvar. Apenas estava a cair em uma imensidão reconfortante enquanto meus sentimentos por ela eclodiam a cada vez que mirava seus olhos repletos de uma ousadia estranhamente atraente, se apossando da minha alma a cada dia e envolvendo minhas entranhas com seus tentáculos nebulosos cheios de espinhos. Era uma queda inevitável, entretanto. Não havia nada que pudesse ser feito para impedir aquele misto de inseguranças e incertezas. Talvez a culpa disso seja das borboletas no meu estômago desde a primeira vez que ela me mostrou o dedo do meio, da euforia que seu sorriso me fazia sentir, ou do prazer de ter o calor de seu corpo junto ao meu enquanto ardiamos em chamas durante a noite.
Nossa história nunca foi apenas flores, embora. Era difícil mantermos a profissionalidade e não nos alfinetarmos dentro dos sets. Eramos fogo, mais fogo. Ao menos, até aquele maldito jantar.
Me avisaram. Ela era Deus. E eu, bom, eu era o Diabo.
Deus e Diabo. Inimigos declarados, unidos por dois únicos propósitos: trabalho e destino.
S/n Montgomery era um desafio, e eu não perco desafios. Contudo, daquela dissonância explicita envolta por volúpias desenfreadas e da luxúria de nocivos lábios, nossas vidas bagunçadas e paradoxalmente belas poderiam, de vez, se entregarem ao amor sem forjar nossos próprios purgatórios?