SWEET DREAMS | Tate Langdon
Se você fosse capaz de entrar nos sonhos de outras pessoas, o que faria? Para Vicki Doyle, a resposta não é tão simples. Aos 17 anos, ela aprendeu a conviver com o peso de um dom que nunca pediu: a habilidade de ser sugada para dentro dos sonhos de estranhos. Ou, mais frequentemente, para os pesadelos. Mas, quando sua família se muda para Murder House, em Los Angeles, ela descobre que algumas mentes são armadilhas ⎯ e a de Tate Langdon é a mais perigosa de todas.
Foi assim que conheceu Tate. Não no corredor da escola ou no jardim da casa vizinha, mas em um sonho dele. Um lugar vazio e claustrofóbico, onde ele parecia confortável demais com sua própria tristeza. No início, Vicki tentou resistir. Ela sempre soube que seu dom só trazia encrenca. Mas Tate não é como os outros. Há algo em sua quietude que é tão perturbador quanto atraente, algo que parece espreitar por baixo da pele pálida, algo que implora para ser visto.
Tate a puxava de volta, todas as noites, como se a casa ⎯ ou ele ⎯ tivesse marcado Vicki como sua. Ela sabia que havia algo de errado com ele. Talvez fosse a maneira como seus olhos se demoravam nos dela, ou como seus sorrisos nunca chegavam ao fim. Ou talvez fosse a simples verdade de que, no fundo, ele gostava da escuridão tanto quanto ela temia ser consumida por ela.
Na Murder House, nem os vivos nem os mortos podem ser confiados. E Vicki logo percebe que talvez ela não seja tão especial quanto sempre acreditou ⎯ apenas mais uma peça em um jogo que Tate controla com mãos delicadamente destrutivas.
