Um conto silencioso
Esta é uma seleção das expressivas variações do eu, que fora colecionadas ao longo dos anos, durante vários ensaios, com pessoas diferentes, gritando da sua forma e estado de humor, fazendo jus ao momento e situação.
É uma livre tradução e interpretação do livro "A Filosofia da caixa preta. Flusser, Vilém.", livro este que em breves palavras, diz: Uma imagem técnica adequadamente composta, não necessita de uma descrição textual para ser interpretada, ela fala por si.
Nesse sentido, o observador tem a liberdade de interpretar a obra conforme o seu estado de espirito, sendo esta, a intenção primária do artista.
Com isso, os gritos, sendo a mais sincera expressão individual, transmitem sensações que, conforme o estado de espírito do observador, a interpretação toma diversos sentidos. A partir do primeiro contato com a obra, o observador, preenchido com suas emoções, ira interpretar a obra de diversas maneiras, agregando valor a subjetividade da vida.
Os modelos são convidados a respirarem, e em uma leve conexão com sua própria história, relembrar algum(s) momento que o grito implodiu no seu corpo, que a vontade de gritar foi tão grande, que se não fosse um instante fragmento da força, teria gritado para o mundo ouvir o que se passava, fossem estes sentimentos a alegria, tristeza, raiva, saudade, desespero, entusiasmo (...) Mas que guardaram este grito dentro das memórias apenas. E nessa oportunidade, foi registrado a mais pura expressão da verdade.
"Entre cavernas, pedras e escuridão" é um livro onde a narradora, em meio a um sonho, conta sobre seus dilemas utilizando-se da poesia.
Em cada poesia, ela expõe seu coração e situações vividas durante o sonho, acolhendo cada um que passa pelos seus mesmos problemas, inclusive eu, e mantendo vivo o desejo de voltar para casa.