A primeira coisa que Alex pensou ao acordar naquela cama de hospital foi o quanto era azarada. Embora outras pessoas possam achar que se tratava de sorte, sabia que a mesma andava um tanto sumida em sua vida. Tinha que ser o maldito companheiro Azar. Talvez fosse ele também o responsável pela discussão acalourada que ocorria em sua frente, bem no meio do quarto em que estava internada. As duas forças discutiam, e pelo o que Alex pode entender o motivo era o seu fracasso. Fracassou em impedir o casamento da garota que amava, fracassou em morrer de overdose pelo porre que se submeteu. Mas quanto a esse último fracasso ela ainda tinha duvidas, afinal a Morte ainda estava ali, tentando passar pela Vida, certa de que tinha razão, e que havia chegado a hora daquela humana inconsequente. Nem em um milhão de séculos que aquilo poderia ser algo que estivesse escrito no livro do Destino, presenciar uma DR de seres astrais era a última coisa que Alex podia se imaginar fazendo em seus últimos momentos na terra. Só podia culpar o Azar, aquele patife. Mas sabia que o Amor também tinha sua parcela de culpa... Lhe daria um belo de um soco quando o encontrasse novamente.