- Porque não me procurou antes? - engulo seco e digo o mais calmo que consigo, ajeitando meus cachos, na tentativa de conter o pavor que agora me consome, apesar de ter a certeza que ele está estampado no meu rosto.
- Seria uma ótima ligação - pondero e ela parece fazer o mesmo - oi, Hazz, estou com uma doença terminal e também grávida de um filho que não é seu, então, o que acha de tomarmos um chá hoje?
- É, acho que não seria bom - mordo meu lábio inferior e ela força um riso, apesar de seus olhos mostrarem a sua dor, ela sempre foi muito transparente neles, quer dizer, quase sempre, já que eu sequer imaginei que um dia ela pudesse me deixar e muito menos me trair.